Uma voz independente no jornalismo da África do Sul
O Daily Maverick ficou conhecido como um dos sites de notícias mais independentes da África do Sul. Desde sua fundação, em 2009, o site de notícias foi responsável pelas maiores matérias investigativas da história recente do país.
Hoje, o firme compromisso do Daily Maverick com o jornalismo público independente tem como base um modelo híbrido de receita que envolve financiamento filantrópico, publicidade e apoio dos leitores, como um programa de assinatura.
Mas não foi fácil chegar à estabilidade. Os fundadores Branko Brkic e Styli Charalambous faziam questão que o site permanecesse sem custos financeiros, porque sabiam que usar um paywall afastaria grande parte do público por questões financeiras. Assim, eles optaram pelo modelo híbrido, em que as assinaturas são essenciais. Para que esse sistema funcionasse, Charalambous sabia que era preciso usar melhor os dados.
Uma visualização unificada do leitor
Assim como vários editores de pequeno e médio porte, o Daily Maverick tinha acesso a muitas informações sobre a interação dos leitores com o site, como a origem desses leitores, em que eles clicaram e em que partes passaram mais ou menos tempo.
"Tínhamos diversos sistemas, desde newsletters até o site, que exibiam notícias e informações aos leitores, mas os dados ficavam em silos diferentes", relata o CEO e editor Charalambous.
Em 2020, com um benefício do Desafio de Inovação da IGN (Iniciativa Google Notícias), o Daily Maverick criou o RevEngine, um software que exibe dados importantes de sistemas diferentes, como provedores de serviços de e-mail, sistemas de gestão de relacionamento com o cliente (CRM, na sigla em inglês), sistema de gerenciamento de conteúdo (CMS, na sigla em inglês) e atividades de navegação, em um repositório central de dados. Assim, era possível criar uma visualização unificada do leitor.
"Temos uma melhor compreensão dos nossos leitores mais engajados e podemos atendê-los melhor ao mostrar para eles os conteúdos certos, como notícias, newsletters ou informações sobre assinaturas", diz Charalambous.